Para quem não perde a oportunidade de fazer um passeio bate e volta sem precisar ir muito longe de São Paulo, o Museu do Café, em Santos, é uma das melhores pedidas. Trata-se de um espaço aonde os visitantes conseguem conhecer um pouco mais sobre a história do Café no Brasil e no mundo, através de objetos históricos, documentos e recursos audiovisuais.
Instalado no palácio da antiga Bolsa Oficial de Café, o Museu tem como destaque o salão do pregão, local onde eram realizadas as negociações que determinavam as cotações diárias das sacas de café.
Para te inspirar a conhecer o espaço, o Guia da Semana fez um panorama geral do que você pode esperar do Museu do Café, em Santos. Confira:
A BOLSA OFICIAL DO CAFÉ
O Museu do Café está instalado no edifício que funcionava a Bolsa Oficial do Café, espaço onde eram realizadas as negociações que determinavam as cotações diárias das sacas de café. O edifício foi construído depois de uma alta demanda do volume das negociações – neste momento, a construção de uma sede própria passou a ser assunto prioritário. Sua inauguração foi em 1922 e logo de cara a arquitetura e decoração de seus salões impressionaram a todos.
A construção do Palácio é considerada a mais importante obra do período, sendo tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2009. Com cúpulas de cobre, grandes esculturas, vitrais e mármores, é impossível não se surpreender!
SALÃO DO PREGÃO
Um dos grandes destaques do edifício fica por conta do Salão do Pregão: espaço que ocupa a área central e impacta o visitante com sua beleza. O ambiente, composto por uma mesa principal e setenta cadeiras, era o salão principal da Bolsa, onde eram realizadas as negociações que determinavam as cotações diárias das sacas de café.
No mesmo espaço, o público tem a oportunidade de admirar incríveis telas expostas nas paredes, sendo elas: “O Porto de Santos em 1822”, “A Fundação da Vila de Santos – 1545”, “O Porto de Santos em 1922” e o vitral “A Epopeia dos Bandeirantes”, obras de Benedicto Calixto.
DETALHES
A arquitetura eclética marcou a virada do século XIX para o XX e, em grande parte, foi financiada pela economia cafeeira. O próprio prédio é utilizado para demonstrar a diversidade de saberes e ofícios que estavam envolvidos nesses tipos de construções e marcaram a paisagem urbana do período.
No dia 12 de março de 2009, o edifício da antiga Bolsa foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Antes de se tornar patrimônio histórico e artístico nacional, o palácio já era tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), em esfera estadual.
EXPOSIÇÕES CRITATIVAS
Além da Sala do Pregão, o Museu do Café conta com exposições que nos ensinam mais sobre o grão e a bebida em si. Existem mostras de longa duração, itinerantes e as de curta duração.
Uma delas é a exposição "Café, Patrimônio Cultural do Brasil: Ciência, História e Arte". Inaugurada em dezembro de 2014, essa exposição é dividida em quatro módulos. O visitante pode observar o café sob as perspectivas científicas, históricas e arquitetônicas, explorando a transversalidade de temas que ele possibilita. Objetos, imagens, vídeos e mapas contextualizam as particularidades da produção e comércio do grão ao longo da história até os dias atuais.
Para ver a agenda completa de exposições do espaço, clique AQUI.
CURIOSIDADES
Localizada na esquina da Rua Tuiuti, a Torre do Relógio tem cerca de 40 metros, ou seja, o dobro da altura do prédio da Bolsa Oficial de Café. No topo estão quatro esculturas que simbolizam a agricultura, o comércio, a indústria e os navegantes.
Antigamente, a noção de tempo era estabelecida pelos sinos das igrejas. Acredita-se que com a chegada dos relógios houve uma mudança significativa na rotina da população e a Bolsa serviu de referência de tempo no cotidiano das pessoas.
Foto: Tadeu Nascimento/Reprodução Site Oficial do Museu do Café
CAFETERIA
O Museu do Café, além de ser uma das principais instituições responsáveis pela preservação da história do café no Brasil, é referência de qualidade na comercialização do produto, por meio de sua cafeteria. Com fluxo diário de 600 pessoas e venda de aproximadamente 450 xícaras de café por dia, a Cafeteria do Museu é premiada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) com o status Premium, no programa de abrangência nacional Círculo do Café de Qualidade.
Localizada no piso térreo do edifício, a Cafeteria do Museu oferece um cardápio que vai muito além do tradicional espresso. São diversas opções de bebidas quentes e geladas, drinks e doces à base de café, sanduíches e salgados, além de cafés das mais variadas regiões produtoras para saborear na hora ou levar para casa. Veja mais detalhes no cardápio.
Foto: Reprodução/Site Oficial do Museu do Café
CURSOS ESPECIAIS
Barista é um termo de origem italiana que determina o profissional especializado em cafés. Seu principal objetivo é alcançar a “xícara perfeita” e criar novos drinks baseados em café, utilizando-se de licores, cremes, bebidas alcoólicas, entre outros ingredientes.
O Museu oferece cursos incríveis para quem quer aprender sobre a arte de preparar cafés inesquecíveis. Existem opções para todos os gostos: barista básico, curso de torra de café e workshop gratuito sobre barista. Vale a pena ficar de olho na agenda deles!
COMO VISITAR
O Museu do Café funciona de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 10h às 17h – lembrando que o local tem funcionamento estendido durante a temporada de verão.
Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos, das 10h às 18h.
Os ingressos para a visitação do Museu do Café custam R$10. Estudantes e terceira idade pagam meia-entrada. Funcionários da rede pública do Estado de São Paulo são isentos. | Aos sábados, a visitação é gratuita.
Caso queira agendar uma visita com um grupo de pessoas, clique aqui.
Por Redação Guia da Semana
Atualizado em 24 Set 2018.