Guia da Semana



O grupo britânico de new wave e synthpop The Human League iniciou suas atividades musicais em 1977, na cidade de Sheffield - seus fundadores, os programadores de computador Martyn Ware e Ian Craig Marsh, quiseram montar uma banda inspirados no som do Kraftwerk, porém, não entendiam nada de música. O primeiro passo foi comprar os equipamentos necessários e começar a estudá-los. Nesta época, eles atendiam pelo nome de The Dead Daughters e, não muito tempo depois, passaram para The Future, mas que de futuro não tinha algo muito certo. Ainda no mesmo ano, realizaram um show (com Adi Newton nos vocais) em comemoração ao aniversário de 21 anos de um amigo, além de gravar algumas fitas demo.

Como não conseguiam nenhum contrato artístico, Adi resolveu deixar o grupo, sendo substituído pelo rapaz que mudaria o rumo e o nome definitivo do grupo, Phil Oakey. A banda, agora The Human League, começava a escrever seu nome na história da música dos anos 80. Oakey também não tinha experiência musical, mas em compensação tinha um corte de cabelo bacana e se vestia muito bem, além de possuir carisma - ingredientes muito importantes para entreter uma plateia. Phil já conhecia os rapazes quando ainda eram o The Future e gostava do som - nesse período, já em 1978, ele ouviu uma melodia e, a partir daí, conseguiu compor sua primeira canção, Being Boiled, que resultou num compacto.

Junto com este single, também lançaram as músicas Circus of Death e Toyota City, pelo selo escocês Fast Records, do produtor Bob Fast. O trabalho foi elogiado pela crítica local, animando o grupo para marcar seu primeiro show oficial, realizado em junho de 1978, no Bar 2, em Sheffield. Mas a apresentação foi um fiasco, pois eles ainda não sabiam se portar no palco e não possuíam nem um banner com o logotipo da banda - foi aí que entrou a mão de obra de Adrian Wright, que passou a fazer projeções para o Human League, além de cuidar de colocar telões e projetar trechos de filmes cult. Em 1979, chegou às lojas o segundo compacto, The Dignity of Labour - o disco, por ser experimental demais, não agradou comercialmente falando, mas, mesmo assim, conseguiram assinar um contrato com a gravadora Virgin. Ainda no mesmo ano, passaram a abrir os shows do cantor Iggy Pop. Como não possuíam solos de guitarra em suas canções, a gravadora começou a exigir isso, e o grupo, em troca de colocar mais elementos, pediu que fossem lançados seus próximos trabalhos sob o pseudônimo de The Men - e, com isso, gravaram seu primeiro EP, Holiday´ 80, com covers do artista David Bowie e o single inédito Marianne.

No final de 1980, Martin e Ian Craig não aceitavam mais Adrian Wright como quarto membro do grupo e também não estavam felizes com o fato de não receberem muito dinheiro com os trabalhos do Human League. Em 1981, Martin e Craig já não faziam mais parte da banda nem Wright, mas Phil Oakey não desistiu e conseguiu o direito de utilizar o nome do grupo. Ele teve a ideia louca de chamar duas dançarinas para integrarem o projeto, o que não foi bem aceito pelos fãs, chegando a serem vaiados em várias apresentações. Oakey pensou então em recrutar mais dois membros, Ian Burden e Jon Callas. Ainda no mesmo ano, o quinteto lançou o hit que colocaria o The Human League definitivamente na história do pop rock mundial, Don´t You Want Me (do LP Dare!). Em 1983, vieram com (Keep Feeling) Fascination, seguido do sucesso Human, de 1986. No ano seguinte, eles tiveram um "bloqueio" musical, e não produziram nada. Em 1990, voltaram o com o álbum Romantic?, mas novamente saíram de cena para um jejum de cinco anos, em 1995, lançaram o CD Octupus e, em 2001, Secrets. No ano de 2010, chegou às lojas o nono trabalho de estúdio, Credo. Atualmente, o Human League é um trio, formado por Phil Oakey e as dançarinas Joanne Catherall e Susan Ann Sulley. Eles se apresentarão pela segunda vez no Brasil, em abril de 2011, em São Paulo, onde mostrarão seus hits clássicos e as canções do último álbum.


Foto: Divulgação

Atualizado em 6 Set 2011.