Guia da Semana

Chegando hoje, Elderand, é sem dúvidas, o metroidvania brasileiro que estávamos precisando. O game, que contou com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual – Ancine, foi uma parceria entre a editora Graffiti Games com as desenvolvedoras Mantra e Sinergia Games e está disponível para Nintendo Switch e PC.

Elderand nos apresenta um belíssimo visual pixelado, em um mundo lovecraftiano distorcido, envolto em escuridão e a loucura, onde teremos que encarar diversas batalhas brutais e combates contra criaturas aterrorizantes e chefes imponentes que colocarão o tempo todo em teste, as suas habilidades.

Como será que Elderand está rodando no Nintendo Switch? O que nos foi prometido realmente foi entregue? Já sabe, não é, meu amigo? Dá uma pausa aqui rapidinho, pega um cafezinho quente com aquela pizza de ontem e bora comigo nesse review antecipado do Pizza Fria!

Bem vindo à Elderand

Finalmente a busca acabou e o mercenário foi encontrado. Homens à serviço do grande sacerdote descobrem alguém capaz de extirpar todo o legado do mal de Sertris, o tirano da areia. No contrato de pano encharcado é onde seu destino foi encontrado. Uma terra mitológica e escondida de todas as possíveis racionalidades. Porém, o destino pode ser tão traiçoeiro quanto as ondas do mar, torcido como um relâmpago e fugaz como a própria esperança, e afogar o seu possuidor na praia.

Esse é o prelúdio de Elderand, que apesar de ser um game de exploração no estilo metroidvania, nos apresenta a história semelhante a um soulslike, ou seja, a história é contada através da lore nos pergaminhos encontrados durante a jornada, pelos chefes e os NPCs pelo caminho.

Elderand
A história de Elderand nos é história é contada através da Lore durante a jornada (Imagem: Reprodução)

Personalize sua experiência para adequar ao seu estilo de jogo

Elderand possui uma simples e modesta personalização de personagem. Não é que isso vá fazer diferença na sua experiência, porém, é possível alterar entre três distintos rostos, onde o que muda basicamente é o corte de cabelo, cor da pele com três tons diferentes e cor do cabelo, com quatro cores distintas.

Além disso, derrotando os inimigos, somos recompensados com pontos de experiência, e com acumulo dessa experiência, avançamos de nível, ganhando 1 ponto distribuir em Força, Vitalidade, Destreza e Sabedoria. Assim sendo, a vitalidade aumenta a vida máxima do personagem, já a destreza aumenta a chance dele causar dano crítico, os pontos em sabedoria aumentam o dano mágico e os pontos de mana e por fim os pontos distribuídos em força, aumentam o dano físico e a energia.

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Força, Vitalidade, Destreza e Sabedoria são os quatro atributos a serem melhorados (Imagem: Reprodução)

Iniciando a jornada

Elderand é um game no estilo metroidvania, ou seja, é um game de progressão lateral que possui elementos de RPG, em um grande mapa com sub-áreas interconectadas, onde o seu personagem irá progressivamente evoluir e adquirir novas habilidades para exploração. Esse é um tipo de game que precisa de uma jogabilidade simples e responsiva, e apesar de alguns pequenos travamentos ocorrerem quando muitos detalhes estão presentes no cenário, Elderand nos entrega o que precisamos.

Os controles são basicamente o seguinte, com a seta direcional ou analógico esquerdo, movimentamos o protagonista, pressionando rapidamente o Botão B, fazemos ele saltar. Porém, se você precisar alcançar uma plataforma ainda mais alta, basta segurar o botão B, pois isso o faz saltar ainda mais alto.

Pressione o Botão Y para atacar inimigos ou destruir objetos nos cenários, segure direcional para baixo e pressione B para descer de uma plataforma, X para alternar entre o conjunto de armas e o botão Zr para executar as habilidades secundárias de algumas armas ou bloquear utilizando o escudo.

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Sangue e cabeças voando marcam presença nesse belíssimo trabalho de pixel art (Imagem: Reprodução)

Além disso, pressionar para cima e apertar Y faz com que o herói arremesse uma arma secundária, bem aquilo que sempre vimos em Castlevania e pressionando o botão A, iremos recuar rapidamente, enquanto para frente e A, executamos o avanço rápido, uma espécie de dash, aquele do Alucard mesmo e o L ou R, são definidos para utilização de itens.

Por fim, com o botão – podemos verificar o mapa e o +, abrimos o menu de pausa onde podemos verificar equipamentos, arquivo onde verificamos as notas encontradas durante a jornada, status do personagem onde distribuímos pontos recebidos a cada nível e que irão variar em Força, Vitalidade, Destreza e Sabedoria.

Armas, equipamentos e fabricação de itens

No game contamos com a ajuda de mercadores que ao longo da jornada irão nos ofertar um vasto arsenal, que vai de espadas a lanças, adagas a arcos e flechas, escudos, machados e facas de arremesso, bombas e magia. Todo esse arsenal é extremamente bem explorado, com mecânicas simples, no melhor do estilo soulslike mesmo, onde devemos combinar defesa e esquiva com golpes certeiros para derrotar os mais terríveis monstros.

Além das armas, encontraremos armaduras para absorver o dano dos golpes e anéis que podem vir a nos garantir melhorias em específicos atributos ou nos ajudar a coletar mais dinheiro e itens. Outro ponto importante e que vale a pena destacar é que assim que chegamos em Terrakan, encontramos o mercador Guam e o ferreiro Pascal.

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Ao invés de gastar dinheiro, combine recursos e adquira suas poções (Imagem: Reprodução)

Com Guam, habilitamos a alquimia, que é o sistema de criação de poções com os materiais coletados com a morte dos inimigos. Combine 2 Gosmas de prião com 1 fígado rejeitado em uma garrafa de vidro e faça uma poção de cura pequena ou se isso for pouco para você, misture 2 secreções de inseto com 2 fígados de rejeitado em uma garrafa de vidro e crie uma poção de cura grande. Esses são apenas dois exemplos dentre outros que podem ser fabricados. Já o Pascal, após encontrar seu martelo, passará a aprimorar seus equipamentos, para isso, basta também que você colete os materiais necessários.

Visual, performance e áudio no Nintendo Switch

O metroidvania tupiniquim é uma obra prima no quesito pixel art e conta com uma maravilhosa paleta de cores e diversos mapas que se destoam e possuem uma magnífica ambientação. Agora, se achei um ponto negativo em Elderand, foram os travamentos. Espero que isso seja corrigido em um path de atualização até ou mesmo após o lançamento, mas quando a análise está sendo escrita, é algo delicado que em cenários com muitos detalhes e repleto de inimigos, o game apresenta diversos travamentos e em um desses, o jogo chegou a fechar devido ao erro.

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Parece que já deu para o Disciplinador hediondo… (Imagem: Reprodução)

Já as músicas dão outro show e entregam exatamente o que precisávamos para uma ambientação perfeita. Agora, confesso que os efeitos sonoros deixaram um pouquinho a desejar, o barulho de coletar moedas e itens é bem fraquinho e parece reaproveitado de jogos para celular.

Vale a pena jogar Elderand?

Apesar dos problemas de performance, que de início, me incomodaram bastante no Nintendo Switch, Elderand é um excelente metroidvania, um jogo ambicioso e grandioso, e sem dúvidas que sim, vale a pena se deliciar com esse maravilhoso trabalho da indústria nacional.

O game que está sendo vendido por apenas R$ 59,99 no console da Big N, está localizado para o Português do Brasil, possui um trabalho em pixel art refinado, tanto em suas diferentes áreas variadas, quanto no detalhamento dos inimigos, o nível de dificuldade está satisfatório, além de contar com um ambiente lovecraftiano distorcido e envolvente que instiga o jogador a querer explorar. Elderand também chega hoje para PC, via Steam.

*Review elaborada no Nintendo Switch, com código fornecido pela Graffiti Games.

Pizza Fria

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Por Filipe "Bdama" Villela, Pizza Fria

Atualizado em 16 Fev 2023.