É um tanto estranho fazer uma review de DLC, mas vou falar um pouco do jogo em si e do DLC. Warhammer 40,000: Boltgun é um daqueles jogos feitos para fãs da franquia Warhammer, e isso fica explícito durante o jogo. E Forges of Corruption basicamente adiciona mais conteúdos ao jogo, o que é excelente. Logo ao abrir o jogo, foi inevitável fazer uma comparação com o Doom lançado nos anos 90. E, só por isso, me senti transportado para minha infância, quando alugava uma fita vermelha e jogava por horas em uma TV sem cores na casa de minha avó.
Enfim, nostalgia à parte, esse jogo é, para além dos fãs, mas para quem curte um boomer shooter com ritmo alucinante visceral, o jogo cai como uma luva. Enfim, sem mais delongas, vamos ao que realmente interessa: o jogo e o DLC são bons? Falaremos sobre isso e muito mais nesta review. Vem ver!
A narrativa pouco importa, mas…
A história acrescentada de Forges of Corruption é bem simples. Aliás, confesso que isso não faz lá tanta diferença, já que o jogo é caótico, e essa é a parte mais legal. De toda forma, a narrativa traz Caedo enviado de volta a Graia para destruir uma forja corrompida pelas forças do caos e agora produz armas e armaduras demoníacas para o culto herético que tomou conta do planeta. E, com isso, nosso protagonista terá apenas uma missão: detonar todos os seus inimigos.
É claro, eu sempre gostei de história, e a própria franquia Warhammer tem muita coisa pra contar, mas em Warhammer 40,000: Boltgun nós simplesmente queremos esquecer de tudo e simplesmente causar todo o caos possível, tentando sobreviver a grupos enormes de inimigos, que parecem não acabar nunca. E isso fica ainda mais sinistro no novo modo trazido pelo DLC, o Modo Horda, em que temos de encarar milhares de inimigos. Neste caso em especial, pouco importa a história. A gente quer mesmo é sair explodindo tudo e todos!
Forges of Corruption adiciona mais algumas coisas ao mundo de Boltgun
Warhammer 40,000: Boltgun Forges of Corruption é um DLC, e adiciona cinco novos níveis ao jogo, que levarão por volta de cinco horas para serem concluídos. No entanto, para a turma que gosta de platinar o jogo, encontrando todos os segredos e esconderijos do jogo, demorará bem mais. E, se o jogo base já tem bastante coisa, o DLC traz alguns dos níveis mais desafiadores do jogo, trazendo ainda mais dificuldades aos jogadores. Mas é maravilhoso sair atirando e correndo loucamente tal como eu fazia em Doom e Quake. Aliás, os próprios gráficos do jogo remetem e até mesmo parecem homenagear esses títulos, algo que adorei. E olha que pensei que isso fosse me incomodar.
Outra novidade adicionada a Warhammer 40,000: Boltgun é que o protagonista, Malum Caedo, recebe algumas novas armas neste DLC, com novas armas para combater as incontáveis hordas de inimigos do Imperium. Dentre elas, o destaque é, claramente, o lançador de mísseis, que destrói diversos inimigos com suas explosões. É uma sensação maravilhosa ver o coro comer. E é legal que Warhammer 40,000: Boltgun traz diferentes sensações em cada uma das armas que utilizamos, dando a verdadeira sensação de variação entre cada uma delas.
Outro detalhe é que os níveis adicionados ao jogo trazem consigo os inimigos mais difíceis da campanha original: diversos marines e criaturas demoníacas. Porém, em Forges of Corruption, as unidades conseguem estar ainda mais bem armadas, com lançadores de mísseis, garras elétricas e todo o tipo de apetrecho extra que não existia no jogo base. Agora, imagine tudo isso junto e lutando contra você? Pois é, neste caso, o jogo consegue ficar ainda mais frenético e desafiador, algo que Warhammer 40,000: Boltgun já fazia bem por si só.
Para concluir, o DLC traz para Warhammer 40,000: Boltgun traz uma atualização muito básica, mas essencial: uma espécie de GPS que nos dá o caminho do objetivo na tela. Isso é muito bom, pois em vários níveis a gente fica extremamente perdido com tantos inimigos, esquinas e lugares para serem explorados. Portanto, essa atualização gratuita é muito útil para quem não está tão familiarizado com jogo deste gênero.
Vale a pena jogar o DLC Forges of Corruption para Warhammer 40,000: Boltgun?
Olha, por mim, só pelo tom nostálgico trazido pelo jogo no geral, já valeu muito a experiência. O que o DLC fez foi aprimorar algo que já estava muito bom, trazendo um novo modo e outras novidades como armas, níveis e inimigos mais cabulosos. Agora, se você sentir isso e ainda for fã, assim como eu, de Warhammer 40.000, o jogo ainda será muito mais divertido e visceral. Como eu disse logo no começo desta análise, Warhammer 40,000: Boltgun é um boomer shooter e, como tal, se vendeu muito bem, sendo uma grata e nostálgica surpresa. Agora, se você é do tipo que não gosta deste gênero e tampouco conhece a franquia, aí é mais complicado.
Digo isso justamente por estarmos em uma geração que preza demais por gráficos perfeitos e que, em alguns momentos, ignora totalmente o aspecto diversão dos títulos. E olha que Warhammer 40,000: Boltgun não tem gráficos ruins, mas naquele estilo anos 90, meio pixelizado, tal como outros boomer shooters. E é isso. Eu confesso que me diverti bastante ao encarar desafios cada vez mais difíceis em um mundo que gosto demais de visitar. Por fim, se você quiser dar uma chance ao jogo, garanto que não irá se arrepender, pois vale a pena.
Desenvolvido pela Auroch Digital e publicado pela Focus Entertainment, Warhammer 40.000 Boltgun e o DLC estão disponíveis juntos para Nintendo Switch, Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 4 e PlayStation 5, assim como no PC, via Steam.
*Review elaborada em um PC equipado com uma RTX com código fornecido pela Focus Entertainment.
Pizza Fria
Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos gamesPor Álvaro Saluan, Pizza Fria
Atualizado em 10 Jul 2024.