Entre os dias 1 e 11 de março, a cidade será ocupada pela MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, que chega a sua quinta edição com uma programação recheada de espetáculos. Serão 10 montagens com a participação de artistas de diversos países como Alemanha, Argentina, França, Polônia, Reino Unido, Suíça e Uruguai.
O espetáculo "Suíte n°2", dirigido pelo francês Joris Lacoste, artista em foco dessa edição, faz a abertura ao público no dia 2 de março, no Auditório Ibirapuera. O encerramento, no dia 11, fica por conta da performance "A gente se vê por aqui", do brasileiro Nuno Ramos, com duração de 24 horas no Teatro Galpão do Folias.
Confira na galeria a programação completa!
Suíte nº 2_ Foto de Bea Borges .jpg
A segunda Suíte do projeto Enciclopédia da Fala (Encyclopédie de la Parole) orquestra discursos que têm em comum produzir, cada qual ao seu modo, algum tipo de impacto no mundo. Todas essas palavras ditas são reais. Cada uma delas foi pronunciada algum dia, em algum lugar do mundo, e então recolhida pela Enciclopédia da Fala. Elas se encontram pela primeira vez no trabalho criado por Joris Lacoste e realizado por um quinteto de artistas, com harmonias do compositor Pierre-Yves Macé. O espetáculo é falado em diversas línguas: inglês, japonês, francês, árabe, holandês, alemão, português, espanhol, russo, croata, lingala, chinês, dinamarquês, sânscrito e urdu.
SERVIÇO
Dias 2 e 3, às 21h @ Auditório Ibirapuera
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Campo Minado
O jantar de reencontro de um velho grupo de amigos artistas transforma-se em uma espécie de ressurreição para um dos seus integrantes. A boêmia e a energia rebelde de outros tempos deram lugar aos contratos assinados, aos fartos contracheques, ao status. Mas eles se permitem verbalizar temores encobertos e inconscientes, lamentos, feridas e necessidades. O espetáculo pretende ser uma jornada radical às entranhas do mundo contemporâneo, para além da superfície das relações sociais e convenções culturais. Treze personagens dialogam sobre o papel da arte, sobre a liberdade e a subordinação a um poder superior.
SERVIÇO
Dias 2 e 3, às 18h, e dia 4, às 17h @ Sesc Pinheiros
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Árvores Abatidas
O jantar de reencontro de um velho grupo de amigos artistas transforma-se em uma espécie de ressurreição para um dos seus integrantes. A boêmia e a energia rebelde de outros tempos deram lugar aos contratos assinados, aos fartos contracheques, ao status. Mas eles se permitem verbalizar temores encobertos e inconscientes, lamentos, feridas e necessidades. O espetáculo pretende ser uma jornada radical às entranhas do mundo contemporâneo, para além da superfície das relações sociais e convenções culturais. Treze personagens dialogam sobre o papel da arte, sobre a liberdade e a subordinação a um poder superior.
SERVIÇO
Dias 2 e 3, às 18h, e dia 4, às 17h @ Sesc Pinheiros
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King Size
Um quarto de hotel com uma cama king size, decorado em tons de azul e florais. Nesse cenário, um homem e uma mulher, acompanhados por uma senhora mais velha, entoam um repertório eclético, que vai de Schumann a The Jackson 5. As ações desses personagens assumem dimensões cômicas, seja quando eles dançam ou quando usam vozes líricas para cantar músicas pop. O diretor Christoph Marthaler confere à musica papel fundamental no espetáculo, criando sons heterogêneos ao combinar composições de diferentes tonalidades, enarmônicos. Mesmo que o efeito seja inicialmente estranho, ele logo se conecta a uma realidade sensível, ligada às relações humanas. Solidão, convenções grotescas e as trágicas vidas cotidianas são evidenciadas com ternura, melancolia e humor.
SERVIÇO
Dias 3 e 6, às 21, e dia 4 às 18h @ Sesc Vila Mariana
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Palmira
A antiga cidade de Palmira, na Síria, era uma das mais preservadas do mundo. Recebia turistas de todos os países para contemplar os templos de Bel e Baalshamin, assim como o Arco do Triunfo. Em 2015, o Isis (sigla para Estado Islâmico) tomou o controle da cidade, destruiu os templos, saqueou as sepulturas e utilizou o anfiteatro para realizar execuções. Palmira mistura realidade e ficção, explorando a vingança, a política da destruição e o que consideramos bárbaro. O que leva as pessoas a praticarem destruições desse tipo? Para os performers, mesmo que o tema seja árduo, o humor é fundamental na construção de um lugar diferente para o espectador diante do espetáculo.
SERVIÇO
Dias 5, 6 e 7, às 21h @ Teatro Sérgio Cardoso
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Hamlet
O dramaturgo e diretor Boris Nikitin transforma Hamlet num espetáculo que transita entre a performance e os teatros documentário, musical e experimental. O enigmático performer e músico eletrônico Julian Meding é acompanhado por um quarteto barroco. O performer queer interpreta um Hamlet revoltado contra a realidade e também contra a plateia – assim como em Shakespeare, Hamlet se revolta contra sua corte real -, misturando detalhes de sua história de vida com a ficção. Vai ao microfone e canta electropunk bruto, esboços de canções cover, uma balada de Hollywood; músicas como fragmentos de emoções. O público, que ora é zombado, ora é seduzido, se percebe na zona de conflito entre ilusão e realidade, indivíduo e sociedade.
SERVIÇO
Dias 6, 7 e 8, às 21h @ Teatro FAAP
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sal.
Dois artistas embarcaram em um navio cargueiro para refazer uma das rotas do comércio transatlântico de escravos: do Reino Unido à Gana e, de lá, à Jamaica. As memórias, questionamentos e sofrimentos desse percurso realizado em fevereiro de 2016 levaram os artistas às profundezas do Atlântico e ao universo de um passado imaginário. O espetáculo sal. é o que eles trouxeram de volta, uma montagem sobre ancestralidade, lar, esquecimento e colonialismo. Como a história e as relações coloniais permanecem em nosso cotidiano? O que ocorre quando Selina Thompson se depara com a pergunta: “de onde você é? ”. Uma montagem sobre fazer parte de uma diáspora, que nos leva a pensar onde nos encaixamos e quais mudanças e curas ainda estão por vir.
SERVIÇO
Dias 7 e 8, às 21h30, e dias 9 e 10, às 20h @ Itaú Cultural
Grátis
País Clandestino
Os diretores e dramaturgos Florencia Lindner (Uruguai), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Mäelle Poésy (França) e Pedro Granato (Brasil) se conheceram em uma residência artística no Directors LAB do Lincoln Center, em Nova York, em 2014. O espetáculo nasceu nesse primeiro intercâmbio, que se prolongou até os dias de hoje. Posto como autodocumental, o trabalho traz em sua criação os artifícios tecnológicos utilizados durante a construção da obra – feita entre três residências artísticas, e-mails e muitas reuniões via Skype – e trata de assuntos como política, história, arte, herança e memórias pessoais, pelo olhar dessa geração de artistas entre 30 e 35 anos. Os criadores exploram a ideia de testemunho, memória, recordação e suas materializações e evoluções no mundo digital.
SERVIÇO
Dias 9 e 10, às 21h, e dia 11, às 18h @ Teatro Cacilda Becker
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A Gente Se Vê Por Aqui
Dois performers reproduzem na íntegra a programação da Rede Globo durante 24 horas, a partir da transmissão do Fantástico, no domingo à noite, até o final do Jornal Nacional, na segunda-feira. Com fones de ouvido, que os isolam do mundo exterior, recebem o áudio dos telejornais, filmes, novelas, programas de auditório, publicidade e vinhetas. No palco, têm à disposição um “kit-sobrevivência” – geladeira, fogão, comida, banheiro, sofá, cama, cadeira -, um “kit-jogos” – baralho, saco de boxe, luvas, peteca, bola, bexiga -, e um “kit-atuação” – peruca, maquiagem, máscaras e fantasias. Enquanto mimetizam ou reinterpretam a programação, sempre reproduzindo o áudio que recebem em seus earphones, realizam tarefas cotidianas, como cozinhar, ir ao banheiro, descansar no sofá, brincar. Idealizada e dirigida por Nuno Ramos, A Gente Se Vê Por Aqui opera por meio de deslocamentos – os atores vão performar o que já é representação, mas que quase nunca é percebido como tal, por conta da naturalização e verdades construídas pela televisão.
SERVIÇO
Das 21h do dia 11 até às 21h do dia 12 @ Teatro Galpão do Folias
Grátis
AudioReflex
O Goethe-Institut São Paulo e o festival SpielArt juntam-se à MITsp para a realização do projeto AudioReflex no Museu da Imigração, com foco na história da migração e do recrutamento de trabalhadores europeus depois da abolição oficial da escravatura no Brasil. São três obras auditivas criadas pelos artistas Ariel Efraim Ashbel, Claudia Bosse e Rita Natálio que poderão ser ouvidas a partir de displays dentro e nos arredores da instituição. De forma crítica e de um ponto de vista pós-colonial, eles questionam a "Willkommenskultur"(cultura de boas-vindas) do país não só de uma perspectiva histórica.
SERVIÇO
Dia 2, das 11h às 14h / dias 6 a 10, das 9h às 17h / dia 11, das 1h às 17h @ Museu da Imigração
Grátis
Por Redação Guia da Semana
Atualizado em 27 Fev 2018.