Existem muitos rumores de que o uso de desodorantes e antitranspirantes, especialmente aqueles com alumínio, pode aumentar o risco de câncer e outras condições de saúde. Esse assunto sempre desperta dúvidas, especialmente durante o verão, quando o uso desses produtos se intensifica para combater o suor e o mau odor.

O dermatologista Alexandre Filippo, em entrevista ao portal G1, esclareceu algumas dúvidas sobre os mitos e verdades do uso de desodorantes.

“Existe uma grande e antiga polêmica sobre o antitranspirante causar câncer de mama devido ao alumínio em sua composição. [Acredita-se que] esse metal pesado poderia causar intoxicação e, assim, modificar as glândulas, provocando um câncer de mama. Isso, no entanto, nunca foi comprovado cientificamente”, explica Filippo.

O dermatologista também sugere que o ideal é evitar o uso excessivo e observar sempre os componentes indicados no rótulo.

“Você pode considerar o uso de desodorante antitranspirante em ocasiões sociais (como uma festa, entrevista de trabalho ou reunião importante) e, no dia a dia, optar por um desodorante com menos produtos químicos”, recomenda.

Vale mencionar que em setembro de 2016, conforme aponta o portal Veja, um estudo suíço publicado no International Journal of Cancer reacendeu a polêmica sobre o uso de desodorantes, especialmente dos sais de alumínio em antitranspirantes, ao encontrar uma ligação entre esses compostos e o câncer de mama em camundongos.

No entanto, até o momento, estudos epidemiológicos em humanos não conseguiram estabelecer uma conexão direta entre os sais de alumínio e o aumento do risco da doença.

Além disso, somente duas pesquisas, de alta credibilidade científica, analisaram as consequências do uso regular de antitranspirantes e não encontraram evidências de que esses produtos aumentem as chances de desenvolver câncer de mama.

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