Bastante utilizada na medicina tradicional indiana e valorizada pela ciência moderna, a cúrcuma, planta originária da Índia e do Sudeste Asiático, tem um grande impacto positivo no funcionamento cerebral.
O composto ativo presente na especialidade, a curcumina, é reconhecido por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que vão além dos benefícios gerais à saúde.
Um estudo recente, conduzido por pesquisadores brasileiros e húngaros e publicado na revista científica Nutrients, reuniu evidências sobre o papel da curcumina na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento. Os cientistas analisaram como esse composto pode influenciar a cognição, a neurodegeneração e até mesmo a saúde muscular em pessoas mais velhas.
A curcumina tem demonstrado propriedades neuroprotetoras ao reduzir a inflamação e o estresse oxidativo no cérebro, fatores que são importantes para o desenvolvimento de doenças como Alzheimer e Parkinson.
Um dos mecanismos atribuídos à substância é a capacidade de diminuir a formação de placas beta-amilóides, característica marcante do Alzheimer.
Outro benefício relevante está relacionado ao aumento dos níveis de uma proteína chamada BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), essencial para o crescimento e a manutenção das conexões entre os neurônios. Essa ação pode auxiliar na preservação da memória e na redução do risco de enfermidades cognitivas associadas à idade.
Além de atuar na saúde cerebral, a curcumina também têm resultados promissores mostrados no tratamento de transtornos de humor, como ansiedade e depressão. Estudos indicam que o composto pode equilibrar neurotransmissores, como serotonina e dopamina, além de reduzir marcadores associados a esses distúrbios.
Outra descoberta relevante é o potencial da cúrcuma em retardar o envelhecimento do cérebro, contribuindo para a manutenção de uma função cognitiva saudável ao longo dos anos. Ao proteger contra o comprometimento cognitivo leve, a especialidade pode ser uma ferramenta natural para promover o bem-estar mental em idades mais avançadas.
Apesar dos benefícios promissores da cúrcuma para a saúde cerebral, é fundamental ressaltar que ela não deve ser considerada um tratamento substitutivo para doenças neurológicas ou problemas de saúde mental. Em qualquer situação de distúrbios cognitivos, depressão, ansiedade ou doenças neurodegenerativas, a orientação de um profissional da saúde é necessária.
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Por Gabrielly Bento
Atualizado em 20 Dez 2024.