NBA 2K22 continua sendo soberano no mercado de simulação de jogos de basquete mundo a fora. Há muito tempo, já desbancou em popularidade, nível de detalhes gráficos, simulação e imersão atemporal seus concorrentes. Desde da virada dos anos 2010, já contávamos com sólidos gameplays e gráficos, trazendo lendas como Michael Jordan e as melhores versões dos times e seleções clássicas de todos os tempos. NBA 2K22, mais uma vez repete a fórmula, trazendo vários tipos de gameplay, desde os mais despretensiosos como jogatinas rápidas e amistosas até as mais simuladoras e desafiadoras.

Modos de jogo

NBA 2K22 traz, como dito anteriormente, uma infinidade de modos de jogos. Para os que curtem uma vibe mais “nostálgica”, temos o modo MyTEAM onde podemos montar um super time com as lendas do passado. E nisso, cada vez mais a 2K fica impecável: em conseguir/manter licenças de grandes nomes do basquete norte americano e mundial, deixando os fãs dos velhos tempos de NBA boquiabertos a cada versão.

Já para os que preferem um desafio mais “personalizado” e individualizado, temos o modo MyCAREER que, como a maioria já sabe, emula uma carreira de um novo atleta, muito comum em jogos do gênero (em outros esportes) como FIFA e PES. Ainda para a galera com a vibe mais “manager”, temos o MyLEAGUE e MyGM em que o foco são o gerenciamento em detrimento a jogatina em si.

No modo carreira, temos um novo mote para a história: em vez do contexto colegial da versão de 2021, em 2022 a 2K resolveu “apelar” para os digital influencers: no modo deste ano, somos um famoso youtuber que quer entrar para NBA e não poupará esforços para isso! E o interessante que, para ajudar na imersão, nós temos que resolver caminhos a seguir na carreira , gerenciar “popularidade” nas redes, músicas e tudo mais que um astro da internet tem direito.

Para tal, a cidade em que o modo se desenrola é grande e cheia de vida, nos fazendo parecer mais em meio a uma jogatina de GTA (claro, com suas devidíssimas proporções) do que num “simples jogo de basquete”. Dado a infinidade de opções e gerenciamentos dentro desse modo/cidade, outro antigo jogo de simulação chamado Second Life nos vem a cabeça (claro, para os cabeças carecas ou brancas, ou seja, “idosos” como quem vos fala).

Mulheres na jogada

Assim como ocorre desde NBA 2K20, temos a inclusão super bem-vinda da WNBA. Ainda há uma certa limitação se comparado aos modos e possibilidades da NBA masculina, mas já é uma vitória ver as jogadoras estupendas em ação com seus estilos e técnicas próprias. Em um mundo em que pedidos cada vez mais equidade, a inclusão do basquete feminino é uma super necessidade. E como diria o ditado: “antes tarde do que nunca”.

Mudanças na gameplay

Como dito no início da review, NBA 2K22 é hors concours em simulação de basquete, seja pelos gráficos, jogabilidade, nível de detalhes, modos de jogos, imersão, narração e… gameplay. A 2K trouxe algumas mudanças notáveis , sobretudo no sistema de defesa dos times, trazendo um balanceamento mais estratégico aos jogadores e melhorando a IA, principalmente neste quesito.

Na parte de dribles e movimentação em si, vemos, de fato, as prometidas diminuições de jogadas pré-renderizadas e mais “liberdade” para cada player fazer sua própria movimentação, tornado dribles e jogadas mais rápidas, porém, extremamente mais difícil ao meu ver . Se formos comparar aos jogos dos dois anos anteriores, por exemplo, essa mudança pode ser até de certa forma sutil, para muitos. Mas para quem jogava NBA lá pelas anos de 2010, 11, 12, 13, 14… vai sentir que a franquia esta cada vez mais simuladora e, por consequência, bem mais difícil!

Por vem, ainda dentro de gameplay, temos mudanças no medidor de arremessos, tornando-o “adaptável” ao contexto da dificuldade in-game de cada lançamento. Isso torna o jogo, mais uma vez, mais real, porém, mais difícil também.

Vale a pena comprar NBA 2K22?

Podemos dizer, portanto, que NBA 2K22 mantém sua fórmula base dos últimos anos, fazendo ajustes finos aqui e acolá, sobretudo na parte da carreira/história. Outra “cesta de 3 pontos” foi a melhoria da WNBA e uma boa gama de times e jogadoras femininas, bem como a continuidade das excelentes narrações, comentários, imersões de todo o contexto do dia do jogo (que acaba sendo um evento, como todos os demais tradicionais esportes e ligas norte-americanas).

Todavia, há de se reportar que uma antiga “reclamação” dos jogadores permanece: o foco em micro transação… Apesar de parecer um caminho sem volta nos videogames atuais, atender aos fãs e achar um modo alternativo a isso, seria uma coisa a se pensar para o bem dessa tão aclamada franquia. Outro ponto podemos destacar: que não é, em si, uma vantagem e nem desvantagem…. aliás, pode ser ambos dependendo do ponto de vista: o caminhar para uma gameplay cada vez mais simulada e difícil, como em anos mais recentes, em detrimento a algo mais “amigável” e “democrático” , como nas versões do início dos anos 2010.

De certo que temos modos um pouco mais despojados, como jogar em quadras de rua… mas que temos ainda assim, uma dificuldade elevada. Por fim, podemos dizer que NBA 2K22 faz o suficiente para manter sua hegemonia, mas deve ficar de olhos bem abertos (ouvindo a comunidade, sobretudo) para que não “pare no tempo” e seja eliminado pelos players em um “playoff futuro” com outros títulos que possam (re)surgir.

NBA 2K22 está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC, via Steam.

*Review elaborada no PlayStation 5, com código fornecido pela 2K.