Em meio a milhares de produtos lançados, a perfumaria tem os seus clássicos indiscutíveis. Aqui, estamos falando de criações que marcaram épocas e décadas, ditaram tendências e até serviram como inspirações e exemplos de sucesso a serem seguidos.
Para quem não perde a chance de relembrar perfumes icônicos, ou quem sabe conhecer novos aromas, o Guia da Semana selecionou, com a ajuda de Alessandra Tucci, especialista em perfumes e sócia-fundadora da Perfumaria Paralela, única escola de perfumaria do Brasil e que representa com exclusividade a renomada escola francesa de perfumaria Cinquième Sens, 10 perfumes clássicos que você precisa conhecer. Confira:
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CHANEL Nº 5 (1921)
Criado por Ernest Beaux, o clássico dos clássicos é uma overdose de aldeídos combinados com um bouquet floral de jasmim e rosas naturais cultivadas há mais de 90 anos pela mesma família que garante o fornecimento destes ingredientes da mais pura qualidade e que fazem parte da fórmula original do perfume.
SHALIMAR, GUERLAIN (1925)
Shalimar é a referência dos orientais. Shalimar tem a intensidade certa, nem tão alta e nem tão baixa. Os detalhes amadeirados, defumados e felinos só são percebidos quando sentidos de perto. Há quem diga que ele lembra o próprio Jicky. Um dos segredos de sua fórmula é uma dose extra de bergamota (30%), além de rosa, jasmim, fava tonka, baunilha e patchouli.
POISON, DIOR (1985)
Uma das fragrâncias mais controversas da história dos perfumes. Um clássico dos anos 80, emblemático, show off, mas com uma inesquecível, bela e adocicada tuberosa. Um perfume para conhecer, quem sabe, colecionar, e ter muito cuidado na hora de usar em ambientes fechados. Uma criação de Edouard Fléchier (Givaudan).
ANGEL, THIERRY MUGLER (1992)
É mais, muito mais, do que o precursor da tendência gourmand. Ele é contraditório, um perfume para observadores que se atrevem a mergulhar além da nuvem de algodão doce (efeito do ingrediente etilmaltol) - além dele há um bonito efeito amadeirado patchouli, groselha preta e flores brancas. Um toque canforado destoa e atordoa, leva-se um tempo para entender o seu efeito. Extrovertido e marcante, sem dúvida original. Criado por Olivier Cresp em 1992.
OPIUM, YSL (1977)
Yves Saint-Laurent queria lançar um marco, narcótico, poderoso e sensual “para aquelas que se entregam a YSL”. Sua escolha foi um oriental especiado floral. Um perfume fascinante, sólido. A inspiração veio da China, com altas doses de canela e madeira de patchouli e sândalo.
JICKY, GUERLAIN (1889)
Criado no ano da Torre Eiffel, por Aimé Guerlain. Um perfume atemporal, em parte por sua estrutura minimalista, que tem a lavanda e a vanilla como ingredientes centrais. A vanilla sintética era uma novidade na época e foi combinada com a natural para dar um efeito inovador. Mas além de lavanda e vanilla, Jicky é também cítrico (limão), herbal e animálico (civete). Jicky era usado por homens e mulheres, o unissex do século 19.
FAHRENHEIT, DIOR (1988)
Período de perfumes poderosos. O efeito couro foi combinado com frutas cítricas e a nota de folhas de violeta mais famosa da perfumaria. Ocupa o mesmo território olfativo que Bel-Ami de Hermès, outro clássico com toque esfumaçado e lenhoso. Um clássico da perfumaria masculina.
AZZARO POUR HOMME (1978)
Pertence ao grupo de perfumes reconhecido como sendo a tradução máxima da perfumaria masculina, os fougères. Um grande sucesso no Brasil, Azzaro é despretensioso, agradável, funciona bem e permanece por muito tempo na pele. Quer saber um pouco da sua receita? Notas cítricas, anis, lavanda, combinadas com patchouli, vetiver e musgo de carvalho.
TERRE D'HERMÈS (2006)
Criado por Jean-Claude Ellena, é o precursor da bem-sucedida combinação cítrico toranja e a madeira de vetiver. Uma estrutura clássica, agradável e atemporal, porém, sem o calor que o nome sugere.
KNOWING, ESTÉE LAUDER (1988)
Chypre polido e arredondado que acomoda o floral rosa em uma cama de musgos na dose certa. Equilibrado e elegante.
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Por Redação Guia da Semana
Atualizado em 1 Abr 2018.