Que o francês é um povo apaixonado por pão, disso ninguém duvida. O curioso é a forma que o pão está integrado à cozinha francesa. Grandes, médios, pequenos, com bastante miolo ou com pouco, de casca dura e queimadinha aos mais branquinhos. O pão está sempre em primeiro lugar na mesa e serve como acompanhamento para quase tudo o que se come.
Diferentes dos brasileiros, que adoram criar sanduíches dos mais exóticos sabores, os franceses consideram o pão como parte da refeição. Nos bistrôs da França, os sanduíches estão à disposição mais para agradar os turistas.
A baguete tornou-se uma das maiores marcas registradas da cozinha francesa e é, porém, a mais modesta. Depois de os antigos egípcios terem aperfeiçoado a massa azeda, de os gregos terem introduzido o fermento de vinho e os romanos terem apurado a moagem de cereais, pouco aconteceu no domínio do fabrico de pão ao longo de mais de 1500 anos.
O gosto pela consistência da côdea do pão - cuja casca estala ao ser partida - é que deu origem à baguete. Sua cor costuma ser dourado ou castanho claro. O miolo, de consistência homogênea. Uma curiosidade: quanto menor for a quantidade de levedura, maior for o tempo de fermentação e mais devagar a massa for sovada, melhor o pão.
A história do croissant também é antiga. No final do século 17, os turcos cercaram Budapeste, na Hungria, e cavaram túneis por debaixo das muralhas. Padeiros da região perceberam a situação de risco e deram o alarme. Os turcos fugiram e, como trunfo da vitória, os padeiros reproduziram em massa de pão o emblema do Reino da Turquia, a lua crescente. Nascia assim o croissant.
No século 18, a Rainha Maria Antonieta levou a iguaria para a França, onde rapidamente tornou-se popular. Hoje, croissants de massa folheada são vendidos aos montes nas esquinas, padarias e ruas francesas.
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Atualizado em 7 Ago 2012.